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Mostrando postagens de julho, 2010

A constante

Às vezes eu acho que deveria ter uma placa com “em obras” escrito grudada na minha testa. Parece que nada fixa; mudam as roupas, o andar, as coisas que fala, como se sente, o que pensa sobre isso e aquilo… E a única coisa que se mantém constante é a crença, esperançosa e brutalmente ilusória, de um dia estar pronto. De sentir-se pleno, completo, e pronto para… Para que mesmo? Se não houvessem mais mudanças e tudo sobre nós se tornasse estático, e não houvessem mais variáveis para nos tirar da rotina, nos surpreender, e quem sabe até dar sentido aos nossos dias… Passariamos a sonhar com o acaso, o aleatório, uma vida alucinante e surpeendente como uma roleta russa. Assim nos damos conta da maior de todas as contradições que existe em cada um de nós; o sonho de encontrarmos o nosso “feliz para sempre” todos os dias. Uma rotina de variáveis, onde só o que permanece constante somos eu e você. *** Não importa o que aconteça, você será a minha constante.

Ilusões do amor, eu acho...

Agora eu sei porque te amei tanto; te ter era impossível. Faz sentido, afinal se tem uma coisa sobre mim que eu conheço muito bem, é a atração pelo inatingível. A crença cega em coisas que não se pode ver, e o amor, que no final das contas era inexistente, por alguém irresistivelmente distante; com todas as complicações e enganos que eu poderia querer, só para ter do que reclamar depois. Nunca te tive, e mesmo assim senti a sua falta. Senti algo muito forte, que talvez fosse parecido com amor, por você, e como era de esperar, demorou para que eu pudesse abrir meus olhos e dar conta da realidade: eu nunca te tive, nunca fomos nada, então por que significou tanto para mim? Ilusões do amor, eu acho. Ilusões, talvez, de uma outra ilusão. O que é amor? Eu não sei. Eu nunca soube. Tudo que sei é que, com isso, achei que tinha chego perto de descobrir. Não, eu não cheguei nem perto. Pelo menos, não do jeito que eu achei que era. Na verdade, talvez até fosse, mas certamente não era aquele