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Mostrando postagens de agosto, 2009

Momentos definitivos

Ao longo dos anos eu passei a acreditar que não existem grandes histórias de amor sem lágrimas, um enredo dramático, agonia, extase, e uma boa dose de insanidade. Após alguns meses de adaptação e uma grande quantidade de ócio em mãos, eu consigo perceber agora como 2009 está sendo o ano definitivo da minha vida – até mesmo divido em momentos marcantes. Passados a dramaticidade do ato I e o aprofundamento do ato II , estou ás vésperas do meu “ começo de fim de ano ” e mais ansioso e amendrontado do que nunca. Porque , depois de deixar minha cidade , meus amigos , começar a trabalhar , começar (e parar ) a faculdade, morar sozinho , sem contar as brigas , os dramas , as lágrimas , o beijo , um assalto, aquele casamento de não-sei-quem, a dispensa do exército, a primeira geladeira , as pessoas novas , as piadas novas , as músicas , e aquela vez que vi um pombo dançando na rua , eu posso dizer que estou vivo, e me divertindo pra caramba. O que mais pode acontecer? Então, eu senti al

O mundo real II

Alguns problemas parecem tão complicados que se esconder debaixo das cobertas não faz com que desapareçam. Então eu levantei, com meus olhos inchados e o corpo lentamente reaprendendo a se mexer e me arrastei até o banheiro, joguei água no rosto algumas vezes até ser considerado humano de novo e saí por aí. E foi um daqueles dias. Ao encarar mais e mais divergencias, imprevistos que me deixam acordado noite afora e uma série de angústias que me fazem duvidar da minha saúde mental, por mais frágil que seja, eu me pergunto: o que tem de tão bom no mundo real? Apesar de que, talvez, nem seja por opção própria. Afinal, o sol ainda nasce e os pássaros ainda cantam, mesmo sem você estar aqui. Então eu decidi continuar escrevendo o que sinto, e compartilhando isto com quem tiver interesse e paciencia de entender. Porque por mais problemático que eu seja, algumas vezes a culpa é do mundo e não minha. Vou voltar para debaixo das minhas cobertas, com a consciência limpa. *** Acho q

Palpite

Tenho tido algumas angústias bem estranhas ultimamente. Angústias que, ao analisar mais profundamente, não passam de meros momentos de fraqueza. Fraqueza e ansiedade, por não ter te encontrado ainda. Eu não sei quem você é; não sei se é loira ou morena, alta ou baixa, não conheço o tímbre da sua voz ou a real sensação do seu toque, mas sei que te amo. Apesar de tudo que anda acontecendo, eu ainda não desisti de esperar por você. E eu mal posso esperar para dividir minha vida com você. Cometi erros inúmeras vezes, e por pouco não deixei que sua tão sonhada presença escapasse de meus planos, mas ainda acredito que você está por aí. Tanto é, que não decidi voltar para casa ainda. Tenho um palpite que você está mesmo por aqui; só preciso abrir mais os olhos. Ainda não sinto que enlouqueci, a esperança está me mantendo vivo. De certa maneira, gosto até de pensar que você está me procurando também, mas vivemos nos desencontrando. Ridículo, não é? Mas é algo que preciso manter em mente qu

Uma faísca na escuridão

Em alguns certos raros momentos, uma onda de calmaria me atinge e eu consigo sentir plenamente que estou feliz - ou, então, que estou muito perto de conseguir. Só não consigo ter plena certeza de que é mesmo de você que eu sinto falta, ou de alguma outra pessoa. Quem sabe, pode até ser aquela pessoa com quem sonho, e ainda não cheguei a conhecer. Apesar da calma e o relaxamento, me encontro exatamente no meio da jornada: sem querer voltar da onde vim, e sem saber pra onde vou. Também não é a primeira vez que me sinto assim; outrora, me convenci de que o melhor estava por vir e assim consegui continuar trilhando meu caminho - eventualmente encontrando a parte boa que supostamente acreditei estar, até então, adiante. Hoje, já não me parece algo tão simplório. Na vida, de vez em quando, devemos acreditar em algo sem completa fundamentação para conseguir passar pelo presente. Por isso eu repito a mim mesmo, tudo aquilo sobre o amanhã. Com meus erros me atormentando e minhas vitórias se

Sozinho de novo

Eu tinha um plano, e pelo que me lembro - seis meses atrás - até fazia sentido. Eu estava fazendo uma mudança na minha vida que me levaria a uma graduação de sucesso, a companhia de uma família, e ao encontro do amor que eu sempre sonhei. E, somando estes sonhos, eu seria feliz. É, eu acreditava nisso, mas a realidade sempre dá um jeito de me contradizer. Meu plano não envolvia assaltos, a força armada brasileira ou até mesmo doses de tequila, mas é o que anda acontecendo por aqui. E quanto mais meu otimismo tenta se agarrar á tal filosofia do “não-procure-pelo-amor-pois-ele-vem-até-você”, mais ele se cansa. Como resultado, outro estilo de vida lentamente se estabelece: solidão. E o problema está exatamente na crença de que o amor simplesmente aparecerá mesmo que você não faça nada; sejamos honestos, quem foi o escroto que inventou isso? Pergunte aos seus amigos ou procure nas pessoas que você conhece; sobre quantas delas você pode dizer, “a pessoa certa simplesmente apareceu”? Se